De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), a população de pets não convencionais já representa 39% dos animais que estão nos lares brasileiros. Entre 2017 e 2020, houve um crescimento de 8,09% nesse segmento, próximo aos 9,69% registrados por cães e gatos. Alguns dos animais classificados como pets não convencionais incluem répteis, aves exóticas, pequenos mamíferos e aracnídeos.
Com a crescente dessa população, é necessário que a medicina veterinária se prepare para atender às novas demandas por cuidados específicos destes animais. Positivamente, o Brasil vem registrando significativas contribuições para a área, impulsionada por inovações tecnológicas e especializações acadêmicas.
A adoção de tecnologias emergentes tem transformado o diagnóstico e tratamento de animais exóticos. Como exemplo, o uso de ressonância magnética e tomografia computadorizada permite diagnósticos mais precisos em espécies como aves e répteis. E para cruzar esses dados e encontrar respostas mais ágeis, sistemas baseados em IA auxiliam na interpretação de exames e no monitoramento contínuo da saúde animal, aumentando a precisão diagnóstica.
Algumas pesquisas pioneiras estão desenvolvendo técnicas de eletrocardiografia específicas para animais exóticos, como aves e répteis, melhorando a avaliação cardíaca dessas espécies. A endoscopia também se tornou comum para fazer biópsias sem cirurgia invasiva, principalmente em aves e serpentes.
E com o avanço da demanda e das tecnologias, novos cursos e especializações estão surgindo no mundo acadêmico.
Além dos avanços tecnológicos, terapias complementares têm ganhado espaço no tratamento de pets exóticos, como Homeopatia veterinária, reconhecida oficialmente no Brasil desde 1995, é utilizada em clínicas e zoológicos para tratar diversas condições em animais não convencionais. Programas de reabilitação física (fisioterapia) começaram a ser usados em tartarugas, coelhos e até em papagaios com problemas articulares.
Voltando a medicina, com o avanço das pesquisas e mais profissionais olhando para essas espécies, já se registram estudos com anestesia inalatória adaptada (com isoflurano ou sevoflurano), uma forma mais segura para animais de metabolismo muito rápido, como coelhos e calopsitas.
Ainda nesta vertente, novas técnicas de monitoramento anestésico (como eletrocardiografia especial para répteis e aves) ajudam a reduzir riscos em procedimentos.
Avanço nos tratamentos
Médicos-veterinários começaram a utilizar terapias com células-tronco, usadas experimentalmente para tratar doenças articulares em pequenos mamíferos e problemas de regeneração em répteis. Como forma prática de ajudar na recuperação destes animais estão tratamentos com laserterapia para acelerar a cicatrização de feridas, comuns em coelhos e aves.
Outra forma não invasiva para ambos os animais são as microcirurgias, que incluem ferramentas cirúrgicas mais delicadas e específicas para pequenas espécies, como sugar glândulas entupidas em furões ou remover tumores de aves. Também se encontram pesquisas com protocolos de quimioterapia adaptados: alguns tipos de câncer em aves e furões agora têm tratamentos mais eficazes.
Hoje é possível encontrar clínicas com equipamentos próprios para exóticos, que controlam temperatura, luz UVB para répteis, gaiolas hospitalares para aves, etc.
Algumas doenças antes não preveníveis, agora têm testes para vacinas específicas em pets exóticos, como a vacinação de furões contra influenza. Todos os avanços aqui citados estão prolongando a vida dos pets não convencionais e melhorando a qualidade em seus atendimentos.
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