Na última terça-feira, 04/11, foi confirmado um caso de raiva em um felino na cidade de Jundiaí, sendo o primeiro registro em um animal de estimação desde 1983. O ocorrido reforça a importância da vacinação regular do pet, especialmente contra a raiva, uma doença zoonótica e mortal.
Segundo o Censo Pet IPB 2024 (Instituto Pet Brasil), a população de gatos no Brasil atingiu 28,8 milhões de indivíduos, registrando um aumento de 1,7 milhão de gatos quando comparado ao levantamento divulgado em 2023, representando um crescimento de 6,27%, valor superior ao do crescimento de cães no país.
“Desde a pandemia, estamos vendo um crescimento expressivo na população de gatos e essa evolução precisa ser acompanhada por um cuidado veterinário próximo. Ainda existe o mito na sociedade de que o gato não precisa visitar o veterinário com frequência, que ele é um animal mais autônomo. Essa ideia é extremamente perigosa, principalmente quando falamos de doenças zoonóticas”, explica Karin Botteon, médica-veterinária e gerente técnica de pets da Boehringer Ingelheim.
Embora a raiva ainda seja mais associada a mordeduras de cães infectados, é crucial considerar os fatores que tornam os gatos suscetíveis à doença. Os felinos em situação de vulnerabilidade como o registrado em Jundiaí, são mais ariscos e têm um instinto de caça e predação mais aguçado do que os cães, tornando-se potenciais vetores da raiva. “Os gatos possuem um fator agravante quando comparado aos cachorros. Por eles terem um instinto de caça, podem correr o risco de capturar morcegos infectados, contraindo a doença”, comenta a especialista. “Além disso, as campanhas de vacinação tradicionais nem sempre oferecem um ambiente adequado para a imunização de gatos, causando estresse nos animais”, complementa a especialista.
Vacinação é a chave
A vacinação é a principal medida na proteção contra a raiva em gatos, assim como em cães. É o método mais eficaz de prevenção, que não apenas protege nossos queridos amigos de quatro patas, mas também resguarda a saúde pública. Promover a conscientização entre os tutores de cães e gatos sobre a importância da vacinação anual é fundamental. Além disso, é essencial incentivar a redução do abandono animal e a preservação do ambiente, evitando a destruição do habitat natural dos animais.
“É extremamente importante vacinar os animais que vivem exclusivamente dentro de casa. A raiva é uma zoonose grave e pode permanecer incubada por semanas ou até meses sem apresentar sinais clínicos evidentes. Gatos e cães podem ser expostos ao vírus por meio de contato com animais infectados, inclusive morcegos que entram pelas janelas, varandas ou telhados. A vacinação é a única forma segura de garantir que, mesmo em caso de exposição, o animal esteja protegido. É uma medida preventiva que protege não só o pet, mas também toda a família”, finaliza Botteon.
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